Category: RetroGaming

Aonde estão nossas Galerias de Games?

Colecionar é uma arte, mesmo que você não colecione Arte.

Sei que no Brasil temos um cenário caótico para Empreendedores, desde a burocracia no processo de abertura da empresa, passando pelo caos de ser formular preços com o dólar maluco do jeito que está e a pesadíssima carga tributária. Só que mesmo assim, alguns Brasileiros tem a coragem de ir fazer algo diferente, completamente improvável e se dão bem.

Porém, ainda não é o caso desse nicho, o de Colecionadores de Games , pouco explorado por aqui. Abaixo você vai ler uma matéria que saiu sobre o mercado de Galerias de Arte no Brasil e volto em seguida.

Matéria Publicada na Veja por Maria Carolina Maia

Colecionador privado puxa crescimento das galerias de arte

Embora em 2014 a economia já tenha dado sinais de crise, o setor de artes seguiu crescendo, como mostra a quarta edição da Pesquisa Setorial Latitude, fruto de uma parceria entre a Associação Brasileira de Arte Contemporânea (ABCT) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que vai ser divulgada á imprensa nesta quinta-feira. Segundo o levantamento, 51% das galerias pesquisadas registraram aumento no volume de negócios no ano passado. E 47% das agências do universo estudado ampliaram as equipes para dar conta da expansão nos negócios. O responsável pelo bom desempenho do segmento, de acordo com a pesquisa, foi o colecionador privado, que realizou 73% do total de compras computadas na área.

Ao todo, 5.758 obras foram vendidas pelas galeria nacionais em 2014, com preços que variaram de 300 a 1,4 milhão de reais, o que leva a um preço médio de 30.800 reais por peça. A maioria das galeria aumentou preços no ano passado: 56,1% delas. O aumento médio nos valores foi de 8,4%.

Apenas 14,6% das galerias pesquisadas apontaram queda, mas ninguém demitiu. Quem perdeu receita no ano passado atribuiu o mau desempenho às eleições, à Copa do Mundo e à crise econômica que já se instalava. Mais de um quarto do universo estudado, 26,9%, mantiveram em 2014 o desempenho de 2013.

Uma parte significativa das vendas, 28%, foi feita nas feiras de arte, com destaque para a SP-Arte, em São Paulo, e a Art-RIo, na capital fluminense. As feiras internacionais, como a Art Basel Miami Beach, respondem por 12% das vendas. Mas a grande maioria dos negócios, 56%, ainda é fechada nas próprias galerias.

Então, conforme podemos ver, o mercado de Arte e suas Galerias tiveram bons resultados, mesmo em momentos de Crise. No Brasil já a bastante tempo esse mercado é respeitado e cultuado. Nossos artistas são bem valorizados e alguns são vendidos por milhões de dólares e euros em leilões mundo a fora.

O mercado de Games Eletrônicos em si é algo relativamente novo tendo apenas algumas décadas, mas conforme vemos as gerações de consoles se atualizando, as plataformas antigas e seus jogos, que deixam de ser fabricados,  se tornam logo itens colecionáveis e de cobiça dos colecionadores.

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Galeria de Arte

A vantagem de se colecionar Games em cima de colecionar Arte é que os Games são produzidos em grande escala e são vendidos tanto no varejo, como atacado. Ao contrário da Arte, que tem na exclusividade seu diferencial de ter obras únicas, feitas individualmente. Por isso, hoje, é muito fácil conseguir uma cópia de Super Mario Bros. para NES, completo e em perfeito estado por algumas centenas de Reais, o que, definitivamente, não vai ser o caso de adquirir um quadro original do Picasso, por exemplo.

A dimensão dos valores é diferente, mas as oportunidades também.

É muito mais fácil, por enquanto, conseguir adquirir e negociar grandes títulos do mundo dos Games, cobiçados por qualquer Colecionador sério. Só que essa facilidade vai durar somente algum tempo, a medida que conseguir esses itens irá diminuir drasticamente com o passar dos anos, por diversos fatores. Já se fala até que a próxima geração de Consoles não possuirá qualquer tipo de mídia física, contando apenas com downloads e nuvem, reduzindo drasticamente a entrada de novos itens colecionáveis ao nicho de mercado, o que vai mexer de forma significativa no mundo dos Colecionadores de Games.

E é aí que entra meu ponto: Ainda não existe algo parecido com uma Galerias de Games, no Brasil esse conceito ainda não passou nem perto dos Empreendedores e entusiastas do mercado, já nos EUA começa a surgir aqui e ali alguma coisa mais diferenciada. Até a famosa rede GameStop abriu uma espécie de franquia dedicada a Games Antigos, mas ainda assim, está longe de uma Galeria de Games.

E vou fazer um parêntese aqui: uma Galeria de Games seria algo bem distante das decadentes lojas gourmet de jogos, como já tem muitas por aí, espalhadas por shopping centers.

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Loja Gourmet de Games

Uma Galeria de Games seria um espaço aonde o cliente encontraria uma gama diferenciada de itens colecionáveis do mundo Nerd / Pop Culture e relacionados. Games, Action Figures, e toda sorte de itens nerd que já são conhecidos, abrindo espaço também para Artes derivadas desse mundo, como esculturas e pinturas únicas. Além da compra e venda, poderia ter um serviço para autenticação de itens de colecionador, avaliação e certificação, além de um espaço para eventuais leilões. Tudo isso claro que com um atendimento diferenciado, que seria o fator que deixaria todo o contexto do lugar fazer sentido, fazendo jus ao digno legado das Galerias de Arte.

Acredito que o Brasil teria um terreno fértil para o surgimento de uma Galeria de Games, ou alguma outra ideia inovadora nesse sentido. Temos o principal: Mão de obra especializada e qualificada. Gente que realmente conhece o mercado e seus  preços.  Com habilidade de diferenciar falsificações e reproduções, algo comum nesse meio, dos itens genuínos e originais.

Eu sei que existem todos os entraves burocráticos que citei no começo do texto, mas apesar de tudo, acredito que não vá demorar até que a primeira Galeria de Games apareça por aí e inaugure um novo tipo de relação, entre mercado e os colecionadores e os bens negociados. Resta aguardar os Empreendedores e Entusiastas das coleções vislumbrarem as oportunidades que as mudanças estão trazendo.




Colecionando – Abrindo o Baú – Parte 1

 




Na Rebelião das Máquinas, surge uma nova esperança: Mega Man X

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Internet, globalização, Máquinas que podem agir como seres humanos, algumas vezes, substituindo-os em determinadas funções. Desde o início da Revolução Industrial é discutido o papel da tecnologia na sociedade. Robôs tem sido mais do que instrumentos de trabalho e sim grandes ícones da cultura POP, de Astroboy a Star Wars, podemos ver o quanto estão presentes, e nos Games, temos muitos outros, mas nenhum Pequeno de cor azul com traços de garoto, como é o Mega Man. Mas não é sobre aquele criado pelo Dr. Light que andava com seu inesperável Cão Robô Rush que vou falar, e sim, ao “Reboot” criado anos mais tarde.

Megaman X ou Rockman X como é chamado no Japão, foi produzido pela Capcom em 1993 para o Super Nintendo em estilo plataforma. O jogo é o primeiro da série X e a continuação da série clássica. Mega Man X possui um enredo ainda mais complexo, cheio de guerras e reviravoltas. O poder do SNES também permitiu boas melhorias na parte gráfica e na jogabilidade também.

A série X começa bem a frente dos acontecimentos da série clássica, mais exatamente no séc. XXII. Temos aqui um novo cientista, o Dr. Kain, que trabalhava nas escavações do antigo laboratório do Dr. Light quando acha uma cápsula. Esta cápsula guarda o primeiro de uma nova geração de robôs, com sentimentos e vontades próprias. A mensagem deixada na cápsula dizia que ela não deveria ser aberta por pelo menos 30 anos até o fim da verificação. Por fim, a mensagem dizi que ativar X pode ter grandes riscos, porém grandes possibilidades”. Então, o Dr. Kain liberta X da cápsula e vê que ele não apresenta ameaça alguma. A partir de X, Dr. Kain começa a construir réplicas chamadas de reploids e por um tempo tudo fica em paz. Um dia os reploids começam a se voltar contra os humanos e decidem impor a supremacia reploid. Esses reploids traidores ficam conhecidos como Mavericks. Para combatê-los é criado o quartel general dos Maverick Hunters, que são liderados por Sigma. Este é o reploid mais perfeito criado por Dr. Kain, que ele considera a prova de falhas. Com a liderança de Sigma a guerra parecia esta perto do fim, pois este era o mais poderoso e inteligente dos Reploids. Um dia o maior pesadelo do Dr. Kain torna-se realidade, Sigma se torna um Maverick e um misterioso Reploid chamado Zero se uni aos MH. Zero e X passam a liderar os Maverick Hunters, tendo a dura missão de derrotar o poderoso Sigma.

Mega Man X conseguiu ser inovador em vários pontos, mas sem perder o velho charme que fez da série um sucesso na era 8 bits. Uma das mais conhecidas características de Mega Man é que o jogador pode escolher a ordem de fases a seguir, mas em Mega Man X a primeira fase funciona como uma introdução à história do game. Somente após completá-la o jogador pode fazer sua seleção de níveis. Outra característica clássica da série é que X ganha as arma dos chefes que derrota.

No decorrer do jogo X pode aumentar o seu poder e sua resistência. Em determinadas fases o jogador deve encontrar corações que aumentam a energia vital do robô, e outro que aumenta o contador de munição das armas. Há também o Tank E, que reserva a energia extra que pode ser usada a qualquer momento. As habilidades de X são melhoradas a partir das partes de sua armadura, coletadas em cápsulas que ficam escondidas nas fases. A armadura divide-se em três pedaços: as botas permitem X dar um Dash que o deixam mais rápido, essa habilidade também ajuda o robô a executar saltos mais longos. O capacete que permite quebrar algumas pedras com a cabeça e o peitoral que faz com que X perca menos energia quando atingido por inimigos muito poderosos. Procurar por essas melhorias é um tanto trabalhoso, mas é algo necessário. Enfrentar Sigma sem essas melhorias é quase que uma missão suicída. Um útil comando do game é o de se arrastar em paredes, bastando pressionar o comando contra a mesma. Essa tática ajuda X a se livrar de uma morte certa em um abismo, ou a alcançar pontos mais altos do cenário.

Mega Man X não tem exatamente a mesma dificuldade dos games da série clássica, mas ainda mantém a tradição de ser trabalhoso de terminar. A habilidade de escalar as paredes e de usar o Dash pode facilitar em determinados momentos. Porém, as fases estão repletas de armadilhas e inimigos que aparecem nas horas mais inoportunas. Os chefes, em sua maioria, são carrascos, usando padrões de ataque perigosos e imprevisíveis.

Os gráficos de Mega Man X estão excelentes, todos lembram muito um desenho animado. O novo Mega Man tem um desenho que realmente parece um robô. Ele continua sendo azul como o velho herói da série clássica. O modelo de Zero também é inspirado no Proto Man. Note que Proto Man também é vermelho, mas Zero não traz um lenço amarelo amarrado ao pescoço, em vez disso trás um longo cabelo louro. Velhos inimigos da série ganham um novo visual, como aqueles capacetes que lembram tartarugas, inimigos voadores com palhetas na cabeça. Os chefes têm desenhos perfeitos, com características próprias e bem boladas. Alguns robôs chegam a ser maiores que X. As fases estão excelentes, todas com cenários bem futuristas e repletos de cores fortes e efeitos que chegam a impressionar. Há tiros, explosões, efeitos wave que distorcem a tela e uma quantidade absurda de elementos em movimento na tela. Tá certo que por vezes esses efeitos afetem a taxa de quadros. Mas em geral, não costumam causar grandes danos.

Os efeitos sonoros são muito bons. O som dos tiros, das explosões dos monstrinhos e dos chefes, tudo com perfeita clareza e equalização. Há algo que fiquei feliz em perceber; na série clássica cada salto que Mega Man dava ao tocar no chão ouvíamos um sonzinho irritante que lembra um mini-game. Na série X a Capcom fez o favor de retirar tal efeito sonoro. A partir da série X a Capcom passou a dar um tratamento diferente para as composições. Na série clássica todas as músicas tinham aquele “quê” meio infantil. Aqui temos composições mais maduras e mais empolgantes. Com o chip de som do Super Nintendo as composições ganharam uma qualidade incrível. A música da tela de apresentação é bem marcante e da primeira fase também. E quem poderia esquecer aquela música que toca na apresentação do chefe no início de cada fase do primeiro Mega Man? Pois é, ela está de volta neste game.

A série X é tão boa que ganhou muitos games ao longo dos anos e teve uma série nova de jogos que é uma continuação direta da série X, a série nomeada de Mega Man Zero. Mega Man X é a estréia perfeita no Super Nintendo. Muitos games de sua geração já haviam surgido no console, e o lendário robozinho azul fez sua parte, estrelando um game de primeira.

 

Por André Fawkes
Colunista BeMyFrag



RetroGaming – Uma volta pelas “Ruas da raiva”.

Antes da leitura, dê um play na trilha sonora de fundo!

Em sua época de ouro, a Sega desenvolveu excelentes exclusivos para seus consoles. Entre esses, um dos destaques foi Streets of Rage: Uma resposta para a Capcom e seu Final Fight, até então exclusivo do Super Nintendo. Sem se preocupar em trazer algo inovador para o Beat ´em Up, Streets of Rage é um título de ponta, com gráficos excelentes e uma das trilhas sonoras mais memoráveis do Mega Drive. Sair na porrada pelas ruas da cidade nunca foi tão divertido.

Enredo

Em uma cidade sem nome a paz era recorrente, mas isso não durou muito tempo. A organização criminosa liderada pelo Mr. X se apoderou do governo e da policia. Logo, tudo estava um caos. A violência e o crime tomaram conta de tudo e ninguém estava seguro. E como não há um milionário disposto a se vestir de morcego e prender os bandidos da cidade, o jeito foi três jovens policiais expulsos da corporação unirem forças e sair às ruas para chutar algumas bundas. Axel Stone, Adam Hunter e Blaze Fielding serão a ultima esperança da cidade contra o crime… Ou não!

Briga de rua

Quem já jogou os títulos “Final Fight (Capcom) ou Golden Axe (SEGA)”, vai se sentir em casa com Streets of Rage. O jogador pode escolher entre os três jovens policiais e partir pra porrada ao longo de 8 fases diferentes. Em geral, os três personagens são bem equilibrados, tendo mínimas diferenças de poder de ataque e mostrando variação no estilo de golpes e animações.
Mas se é briga o que povo quer, então, briga terá! Streets of Rage brilha com comandos bem funcionais e respostas simples. É possível dar uma pequena sequência de golpes em seus oponentes, bastando pressionar rapidamente o botão de ataque. Há também os clássicos golpes como voadoras e o agarrão no inimigo, podendo arremessá-lo para o outro lado do cenário. Mas se você quiser ser mais brutal é possível aplicar um pilão e quebrar a cabeça de um pobre coitado. Se socar e arremessar começar a ficar chato, basta coletar pedaços de cano, tacos de baisebol, garrafas, facas e sprays de pimenta. Tudo vira arma na hora de castigar o crime. E se os criminosos fecharem o cerco e partirem pro desespero, basta acionar um carro de policia que utiliza artilharia pesada nos inimigos. Tal especial só pode ser acionado uma vez por fase ou a cada nova vida usada.

A variedade de inimigos faz toda a diferença na ação. Há caras que só sabem socar e atacar com uma arma. Outros já usam golpes diferentes, como rasteiras e arremessos. Há garotas que usam um chicote e até se fazem coitadinhas quando começam a apanhar (é irritante). Mas o pior mesmo são os caras metidos a Bruce Lee, que são extremamente ágeis e geralmente atacam em grupos. Dessa forma, Streets of Rage traz uma dificuldade moderadamente alta, principalmente nos estágios finais. Os chefes geralmente precisam ter seu ponto fraco revelado, algo que é bem divertido descobrir.

Jogar com um amigo é motivador

O modo multiplayer de Streets of Rage é tão divertido quanto jogar sozinho. O número de inimigos na tela dobra, de modo que a dificuldade fica equilibrada. Jogar com um amigo significa criar boas estratégias para dar cabo da vida de tantos malfeitores. É possível até um jogador segurar o bandido, enquanto o outro bate nele covardemente. Até mesmo os chefes os chefes vem em dois, literalmente.

Para aumentar a motivação de jogar com um amigo, há a possibilidade dos dois jogadores divergirem em uma determinada pergunta antes de encarar o chefe final, iniciando um confronto divertido entre os jogadores. Mais divertido que isso é o final alternativo. Caso os jogadores optem lutar entre si, quem derrotar o Mr. X acaba se tornando o novo líder da organização criminosa.

Parte técnica

Streets Of Rage traz gráficos bem trabalhados para a época. Os cenários são bem construídos e mostram várias facetas da cidade onde o game acontece, desde um visível centro urbano badalado até becos mais hostis. Na terceira fase há um efeito de maré bem legal, embora simples. As fases possuem personalidade e casam bem com a proposta do game. Os personagens seguem o mesmo padrão de qualidade. As animações de movimento e golpes são cheias de estilo, seja dos protagonistas ou até dos mais simples inimigos. Infelizmente a tela sofre engasgos quando há muitos elementos em cena, e isso acontece com muita frequência a partir do quarto estágio.

Mesmo sem trazer nada novo para o gênero, Streets of Rage cumpre com louvor o objetivo de divertir o jogador. Há diversos níveis de desafio para selecionar e uma série de inimigos para dar cabo. A parte técnica é excelente, tirando alguns efeitos sonoros errados e slow down quando muitos inimigos surgem na ação. Se você é um retrogamer convicto e ainda não conhece Streets of Rage, vai ficar feliz em jogá-lo e passar bons momentos ao lado deste clássico absoluto da Sega.



RetroGaming – Pokéfesta!

Neste ano comemora-se 15 anos da chegada de Pokémon no Brasil. Confira como surgiu a febre dos monstrinhos de Bolso e o que o futuro reservava para Pikachu e seus amigos:

O ano: 1996. Era comum você andar pelas ruas e se deparar com crianças de todas as idades, com seus joguinhos nas mãos. Jogavam Tamagoshi? Que nada, a febre tinha um nome ainda mais estranho: Pokémon.

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No jogo você controlava um garoto que com seus Pokémon (abreviatura de Pocket Monster ou traduzido: Monstros de Bolso), saía em sua jornada por entre várias cidades afim de capturar outros Pokémon, criaturas com diversos poderes e habilidades que podem evoluir, a medida que ficam mais fortes e experientes, afim de se tornar um Mestre Pokémon, derrotando os líderes dos ginásios em torneios envolvendo os tais monstrinhos. E essa é a premissa da franquia que é uma das mais populares e milionárias da cultura nerd de todos os tempos.

Pokémon é criação de Satoshi Tajiri, um desenvolvedor de Jogos que na infância, gostava de capturar Insetos e guarda-los em jarros de vidros. Em suas brincadeiras, ele costumava imaginar lutas entre eles, como as que aconteciam entre seus Heróis e monstros de seriados que costumava assistir. E ao crescer, não deu outra.

Depois de passar um tempo escrevendo pra revistas especializadas, ele iniciou a sua própria desenvolvedora de jogos, a GameFreak, em 1989. E foi no ano seguinte que ele começou a criar todo o esboço da idéia do que seria Pokémon, e agradou tanto a Nintendo, (responsável pela criação de outros grandes ícones como Mario Bros. e Donkey Kong) que ela investiu idéia, tornando-se a co-produtora da marca. Estava formada a união de sucesso.

Os primeiros títulos, lançados simultaneamente, eram Pokémon Vermelho e Verde. Desde então, foram mais de 12.000.000 de cartuchinhos vendidos em todo mundo. E a coisa não parou mais, surgiram a versão Azul e Amarelo, a primeira com o jogo em cores, lançado no recente, a época, Gameboy Color. No mesmo ano surgiam o Pokémon Trading Card Game, jogo de cartas onde o jogador monta seu deck de 60 cartas e luta contra seu adversário, a franquia então ia se diversificando.

Ao contrário de muitos filmes ou desenhos de sucesso que acabam migrando para o mundo dos games (como foi o caso de Batman ou Star Wars), Pokémon fez o caminho inverso no mundo na cultura POP: Em 1997 surgia o anime no Japão se tornando um grande sucesso, e no Brasil não foi diferente, exibido no extinto Eliana e Cia na Rede Record em 2000, a série elevava os índices de audiência, se tornando febre imediata entre o público, e isso foi o estopim de uma enxurrada de produtos licenciados.

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Camisetas, revistas (Quem nunca leu a Pokémon Club?), brinquedos e todo tipo de bugigangas encheram os bolsos da Nintendo por anos, e hoje, estima-se que a marca Pokémon já tenha feito mais de US$5.000.000.000 de lucro em todo o Mundo.

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Mesmo não estando mais no topo da moda como antigamente, enfrentando concorrentes antigos como Digimon, até os mais recentes como Naruto, Pokémon, parece ter ainda muito chão pela frente. O que antes eram 150 criaturas catalogadas, hoje já são mais de 718 monstrinhos, 17 temporadas de anime, 16 longas animados (cujo décimo sétimo estreou em Julho no Japão). Recentemente as versões X e Y do game tiveram uma boa saída e já estão previstos mais dois títulos para o 3DS. A fama é tanta que o Pikachu chegou até a estampar a camisa alternativa da seleção japonesa de futebol, da Copa desse ano.

O que não pode ser negado é quanto essa série é importante pra tantas pessoas, inclusive a mim, que cresceu assistindo a esse game e evoluindo junto com ele.

Obrigado ao maior mestre Pokémon Satoshi Tajiri e que venham mais 15 anos, por que a jornada não acabou porque TEMOS QUE PEGAR!

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