Monthly archives: setembro, 2014

The Economist – Porque é tão caro desenvolver jogos?

Matéria Original por “The Economist” (em inglês)

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Quando a Activision, editora grandes jogos, lançou Destiny em 09 de setembro, não foi apenas coberto pela imprensa gamer. Muitos jornais comentaram o imenso orçamento do jogo, informado estar em torno de 500 milhões de dólares (Ou um pouco mais de 1 bilhão de Reais). Como poderia um jogo de vídeo custar meio bilhão de dólares para ser produzido? A verdade é que não, AINDA. A Activision espera que Destiny será o primeiro jogo de uma franquia de longa duração, e US$ 500 milhões é o montante que a empresa reservou para que isso aconteça. Mas os orçamentos de jogo são, no entanto, vagos. Os desenvolvedores e publishers são tímidos sobre a liberação de números específicos, mas os orçamentos de dezenas de milhões de dólares não são incomuns. Os maiores, os jogos mais polidos pode custar centenas de milhões. Star Wars: The Old Republic, um jogo online lançado em 2011, tem a fama de ter custado entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões. Grand Theft Auto V, que saiu dois anos depois, o custo supostamente US$265 milhões. Estes são números na mesma escala que os filmes blockbuster de Hollywood. Por que os jogos se tornam tão caros para fazer?

Um dos motivos é a Lei Moore. Computação gráfica avançou muito nos últimos 20 anos. A imagem acima compara os gráficos de DOOM, um shooter seminal lançado em 1993, desenvolvido por um grupo de amigos, com aqueles de Destiny, que foi desenvolvido pela Bungie Software, uma empresa que emprega cerca de 500 pessoas. Com algumas exceções (como SpeedTree, um pedaço de software que automatiza a criação de árvores de aparência realista), toda a arte em um videogame é feito à mão. Como personagens, itens, níveis e efeitos visuais tornaram-se mais complexas e detalhadas, os desenvolvedores tiveram pouca escolha a não ser jogar mais e mais artistas para resolver o problema. Outra razão: Os custos estão subindo é a crescente profissionalização do setor. Atualmente, os atores de Hollywood são contratados (e bem pagos) para dublar personagens. Os maiores desenvolvedores do mercado testam os seus produtos sabendo da possibilidade da destruição dos mesmos. Como os partidos políticos aprimorando um slogan, eles oferecem trechos de jogabilidade de grupos de pesquisa. Se nada for encontrado para ser muito difícil, muito obscura ou simplesmente não é divertido, ele é enviado de volta para ser re-feito. Esse tipo de controle de qualidade custa dinheiro sério.

Mas as comparações com a indústria cinematográfica pode ser enganosa. Orçamentos de cinema geralmente incluem apenas o custo de realmente fazer o filme. Orçamentos de jogos muitas vezes incluem custos de marketing também. Como os jogos se tornaram um passatempo mainstream, os custos se tornaram enormes. Um jogo de grande sucesso – como Battlefield 3 lançado em 2011- serão anunciados em jornais, na televisão, em outdoors e online. As Publishers fazem festas de lançamento extravagantes. como dirigir um tanque pela Oxford Street. Tudo isso pode custar mais do que pagar os programadores e artistas que produziram o jogo em primeiro lugar. Dito isto, quando se trata de quantidade de entretenimento, games são maiores do que os filmes. Os jogos de maior orçamento, tendem a ser aqueles que depositam os seus jogadores em mundos abertos gigantes e convidá-los a explorar. Considerando que sets de filmagem são vistos somente de alguns ângulos cuidadosamente escolhidos, os mundos dos games deve sobreviver a inspeção de todos os ângulos, por milhões de jogadores que podem vaguear à vontade. E enquanto alguns filmes vão além de três horas, mesmo um jogo curto irá oferecer dez ou mais horas de jogo.

O aumento dos orçamentos do jogo criaram experiências cinematográficas de tirar o fôlego. Mas nem todo mundo está feliz. Os custos mais altos fizeram editores tímidos, preferindo servir-se mais do que os seus clientes já consomem, ao invés de arriscar dezenas de milhões de dólares em algo novo e não testado. Listas de jogos mais vendidos passaram a se assemelhar as paradas de sucesso de Hollywood: cheio de sequências, reboots e pequenas variações de idade e fórmulas confiáveis. Desenvolvedores insatisfeitos não deixaram de se estabelecer por conta própria, recriando a atmosfera garagem de desenvolvimento do jogo 20 ou 30 anos atrás. Com orçamentos menores e menos projeto pelo comitê, jogos indie são onde a maior parte da inovação da indústria está ocorrendo. Muitos fazem uma virtude de seus gráficos lo-fi (o visual blocos de “Minecraft” sendo o exemplo mais famoso). Jogos para celular, jogado em tempo curto e em minúsculas telas com interfaces limitadas, não precisa de grandes orçamentos também. Mas geralmente é ainda os jogos de grande orçamento que conseguem arrecadar dinheiro de verdade. Grand Theft Auto V arrecadou cerca de US$ 800 milhões em seu primeiro dia e três vezes o que custou a fazer. E com uma nova geração de consoles ainda mais poderosos lançada recentemente, espere que os orçamentos continuem a subir.

Matéria Original por “The Economist” (em inglês)



Nintendo fez 125 anos! Parabéns!

Uma homenagem da BeMyFrag aos 125 anos da NINTENDO!

Uma criação de Rodrigo Pires.

125 anos de Nintendo



RetroGaming – Uma volta pelas “Ruas da raiva”.

Antes da leitura, dê um play na trilha sonora de fundo!

Em sua época de ouro, a Sega desenvolveu excelentes exclusivos para seus consoles. Entre esses, um dos destaques foi Streets of Rage: Uma resposta para a Capcom e seu Final Fight, até então exclusivo do Super Nintendo. Sem se preocupar em trazer algo inovador para o Beat ´em Up, Streets of Rage é um título de ponta, com gráficos excelentes e uma das trilhas sonoras mais memoráveis do Mega Drive. Sair na porrada pelas ruas da cidade nunca foi tão divertido.

Enredo

Em uma cidade sem nome a paz era recorrente, mas isso não durou muito tempo. A organização criminosa liderada pelo Mr. X se apoderou do governo e da policia. Logo, tudo estava um caos. A violência e o crime tomaram conta de tudo e ninguém estava seguro. E como não há um milionário disposto a se vestir de morcego e prender os bandidos da cidade, o jeito foi três jovens policiais expulsos da corporação unirem forças e sair às ruas para chutar algumas bundas. Axel Stone, Adam Hunter e Blaze Fielding serão a ultima esperança da cidade contra o crime… Ou não!

Briga de rua

Quem já jogou os títulos “Final Fight (Capcom) ou Golden Axe (SEGA)”, vai se sentir em casa com Streets of Rage. O jogador pode escolher entre os três jovens policiais e partir pra porrada ao longo de 8 fases diferentes. Em geral, os três personagens são bem equilibrados, tendo mínimas diferenças de poder de ataque e mostrando variação no estilo de golpes e animações.
Mas se é briga o que povo quer, então, briga terá! Streets of Rage brilha com comandos bem funcionais e respostas simples. É possível dar uma pequena sequência de golpes em seus oponentes, bastando pressionar rapidamente o botão de ataque. Há também os clássicos golpes como voadoras e o agarrão no inimigo, podendo arremessá-lo para o outro lado do cenário. Mas se você quiser ser mais brutal é possível aplicar um pilão e quebrar a cabeça de um pobre coitado. Se socar e arremessar começar a ficar chato, basta coletar pedaços de cano, tacos de baisebol, garrafas, facas e sprays de pimenta. Tudo vira arma na hora de castigar o crime. E se os criminosos fecharem o cerco e partirem pro desespero, basta acionar um carro de policia que utiliza artilharia pesada nos inimigos. Tal especial só pode ser acionado uma vez por fase ou a cada nova vida usada.

A variedade de inimigos faz toda a diferença na ação. Há caras que só sabem socar e atacar com uma arma. Outros já usam golpes diferentes, como rasteiras e arremessos. Há garotas que usam um chicote e até se fazem coitadinhas quando começam a apanhar (é irritante). Mas o pior mesmo são os caras metidos a Bruce Lee, que são extremamente ágeis e geralmente atacam em grupos. Dessa forma, Streets of Rage traz uma dificuldade moderadamente alta, principalmente nos estágios finais. Os chefes geralmente precisam ter seu ponto fraco revelado, algo que é bem divertido descobrir.

Jogar com um amigo é motivador

O modo multiplayer de Streets of Rage é tão divertido quanto jogar sozinho. O número de inimigos na tela dobra, de modo que a dificuldade fica equilibrada. Jogar com um amigo significa criar boas estratégias para dar cabo da vida de tantos malfeitores. É possível até um jogador segurar o bandido, enquanto o outro bate nele covardemente. Até mesmo os chefes os chefes vem em dois, literalmente.

Para aumentar a motivação de jogar com um amigo, há a possibilidade dos dois jogadores divergirem em uma determinada pergunta antes de encarar o chefe final, iniciando um confronto divertido entre os jogadores. Mais divertido que isso é o final alternativo. Caso os jogadores optem lutar entre si, quem derrotar o Mr. X acaba se tornando o novo líder da organização criminosa.

Parte técnica

Streets Of Rage traz gráficos bem trabalhados para a época. Os cenários são bem construídos e mostram várias facetas da cidade onde o game acontece, desde um visível centro urbano badalado até becos mais hostis. Na terceira fase há um efeito de maré bem legal, embora simples. As fases possuem personalidade e casam bem com a proposta do game. Os personagens seguem o mesmo padrão de qualidade. As animações de movimento e golpes são cheias de estilo, seja dos protagonistas ou até dos mais simples inimigos. Infelizmente a tela sofre engasgos quando há muitos elementos em cena, e isso acontece com muita frequência a partir do quarto estágio.

Mesmo sem trazer nada novo para o gênero, Streets of Rage cumpre com louvor o objetivo de divertir o jogador. Há diversos níveis de desafio para selecionar e uma série de inimigos para dar cabo. A parte técnica é excelente, tirando alguns efeitos sonoros errados e slow down quando muitos inimigos surgem na ação. Se você é um retrogamer convicto e ainda não conhece Streets of Rage, vai ficar feliz em jogá-lo e passar bons momentos ao lado deste clássico absoluto da Sega.



Nova Série: Colecionando!